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Incunábulo é um livro impresso no início da imprensa com tipos móveis. A sua origem vem da expressão latina in cuna (no berço), referindo-se assim ao berço da tipografia. Respeita a obras produzidas entre 1455, data aproximada da publicação do primeiro impresso do mundo ocidental - Bíblia de Gutenberg (também conhecida como Bíblia das 42 Linhas), até aos primeiros anos de 1500.

Entre o vasto património da BPB encontra-se uma coleção desses incunábulos , que se destacam não apenas pela sua raridade, mas também como testemunho dessa evolução do mundo do livro, que haveria de marcar a história da humanidade, não apenas pela forma como se apresentam, mas sobretudo pelas consequências que a crescente disponibilização de edições impressas teve em vários campos da ação e pensamento humanos.

Sabe-se hoje que na China (e em algumas regiões limítrofes) ainda antes dessa data se conhecia a impressão por meio de caracteres móveis. Contudo, a tecnologia não encontrou aí condições para se fortalecer o que só aconteceu na Europa, após o seu aparecimento em meados do século XV. A tecnologia desenvolveu-se e, ainda antes do final do século, era conhecida em toda a Europa.

Os primeiros incunábulos apresentam exatamente o mesmo aspeto dos manuscritos, constatando-se que os primeiros impressores imitam os livros escritos à mão. Contudo, nos anos seguintes introduziram-se mudanças que implicaram diferentes aspetos da sua produção: caracteres, gravuras, marcas tipográficas, ilustração, escolhas editoriais, entre várias outras. O impresso afasta-se assim do seu modelo inicial e adquire características próprias, que mudam o seu aspeto antes de, em meados do século XVI, passar a ter a apresentação que ainda hoje mantém.

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